Introdução

Bem vindo à primeira parte deste livro, onde estudaremos os conceitos na base do R. Partirei do zero absoluto, de modo que é possível que o leitor tenha algum nível de familiaridade com os temas, mas idealmente, não na profundidade aqui abordada.

Nessa parte mais “teórica”, é difícil de traçar o limite do nível de complexidade ideal. Por conta disso, muitos conceitos tiveram de ser introduzidos rapidamente. Mas não se assuste, muitas vezes, meu objetivo maior é passar uma intuição geral de como o R funciona, e dar um primeiro contato com os temas mais complexos. Tento ao máximo deixar claro onde gastar seu cérebro e onde nem tanto.

Meu foco é mostrar a lógica do R, a “sintaxe e semântica” da linguagem. A “gramática” ou “vocabulário”, isto é, funções, truques, e aplicações específicas, serão ensinadas de passagem e via exercícios. Mas no final, a ideia é ter apresentado a maioria das funções comumente relevantes, construindo uma lista de referência para futuras consultas.

Os capítulos dessa seção estão organizados da seguinte maneira:

• Capítulo 2: aqui aprenderemos, principalmente, a estrutura de um programa em R, os tijolinhos que a compõe, e como é a relação entre variáveis e a memória do computador. Outros temas mais concretos serão a sintaxe básica, variáveis, e operadores básicos.
• Capítulo 3: veremos como a organização de tipos de dados no R é elegantemente simples, incluindo complexidade através da existência de metadados. A principal conclusão será entender a relação entre os diferentes tipos, uma vez que esse conhecimento torna mais fácil pensar como operações são aplicadas a cada tipo de dado.
• Capítulo 4: nessa altura do campeonato, capaz que você esteja cansado de ver apenas teoria, esse capítulo é o mais “gramatical” de todos. Aprenderemos o que é a operação de selecionar e alterar partes de uma variável. Aqui, já fica claro o benefício de entender a organização dos tipos de dados.
• Capítulo 5: aprenderemos a controlar o fluxo de um programa, isto é, como fazer um programa tomar decisões e repetir operações. Aprenderemos também a lidar com erros e avisos.
• Capítulo 6: em oposição ao capítulo 3, agora é hora de dar atenção aos sentimentos do R. Estávamos utilizando-as, mas não explicamos o que são as funções. Esse é o capítulo mais desafiador, mas boa parte da dificuldade pode ser deixada de lado, com perdas reduzidas ao leitor.
• Capítulo 7: aqui, aprenderemos sobre os paradigmas/estilos de programação funcional, orientada ao objeto, e meta, especificamente sobre sua abordagem no R. A programação funcional é uma ferramenta com ligação direta nos projetos de ciência de dados; Entender o básico de POO no R é importante para entender o uso de … funções³⁵; Metaprogramação é um assunto útil em si mesmo, mas especialmente importante para entender as bases do tidyverse na parte II.
• Capítulo 8: por fim, temos algum outros tópicos úteis, mas não essenciais para o seguimento do livro. Aqui, aprenderemos sobre algumas ferramentas de melhoria de vida que o RStudio provê, e alguns temas avançados sobre gerenciamento de memória, performance, e organização.
• Recapitulado: não só em cada capítulo, mas cada parte deste livro, existe uma seção para retomar os conteúdos, especialmente o que será mais útil para a próxima parte.